O Dilema da Revelação da Maneira Como o Filho Foi Concebido
DOI:
https://doi.org/10.60114/rbtf.v11i1.3Resumo
Existem, tradicionalmente, dois modelos de parentesco e filiação: o biológico e o social. O biológico caracteriza-se pela reprodução sexuada entre um homem e uma mulher, por meio do qual originam-se gerações do mesmo sangue. O modelo social, por sua vez, caracterizase pela organização de relações interpessoais que se pautam na conjugalidade e na parentalidade. O dever de se multiplicar é ditado desde os tempos bíblicos. Por isso, as questões relacionadas à infertilidade, ou seja, à ausência involuntária de filhos, representam um grande desafio para os indivíduos em sua trajetória existencial. O desenvolvimento da biotecnologia reprodutiva, no entanto, agregou procedimentos que trouxeram a possibilidade de se ter filhos quando concebê-los de forma natural não é possível. Uma das possíveis técnicas de reprodução assistida é a recepção/doação de gametas (óvulo e espermatozoide), que demanda, obrigatoriamente, o uso de gametas de um(a) doador(a). Ainda que atualmente seja uma técnica muito conhecida e utilizada, trata-se de uma situação que costuma gerar muitos questionamentos a quem a ela recorre. Dentre eles, os conflitos provenientes sobre o contar ou não à criança a sua origem genética e, também, a difícil decisão de revelar essa informação ou não para as famílias de origem e para as outras pessoas do convívio social. O fato de revelar ou não essa informação tem sido objeto de debate. Com este artigo, busca-se contribuir para a elucidação do que surgiu últimos anos, ou seja, a forte tendência a favor da divulgação da verdade aos filhos.
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